O Derby...Sempre diferente

Neste domingo teremos mais uma edição do derby, Palmeiras x Corinthians. Já são 91 anos de história. Decisão, gols, expulsões, confusões e emoções. Mas isto sempre acontece nos jogos de futebol. Porém neste clássico é diferente. Palmeirenses são dissidentes dos corintianos, portanto rivais, quase centenários. O Corinthians já teve craques fantásticos como Luisinho, Cláudio, Rivelino, Sócrates, entre tantos. O Palmeiras também teve os seus, como Ademir da Guia, Djalma Santos, Julinho, Mazola, Edmundo, entre muitos outros. Alguns deles já vestiram as duas camisas. Isto é diferente. O ex-presidente alvinegro, Vicente Matheus, era convidado de honra nos banquetes de aniversário do Palmeiras. Nada mais justo, afinal de contas ajudou a formar um cordão humano de proteção em volta do Palestra Itália para evitar que ele fosse tomado, na época da Segunda Guerra Mundial. Isto é diferente. Os dois clubes já tiveram seus ditadores e já conhecem o sabor amargo do vexame de um rebaixamento. Isto é diferente.

Nos dias atuais, o Corinthians está no G4, dez jogos de invencibilidade e com a melhor defesa do Paulistão. Então é o favorito? A história mostra que não. O Palmeiras montou um elenco de qualidade, tem o treinador mais caro do Brasil capaz de artimanhas táticas. Então vai dar Verdão? Não! Empate? Não! Ué! O que vai acontecer? Ninguém sabe. Este derby é sempre diferente.

É o Derby!

Fora de foco

Gostei muito da coluna que meu amigo e companheiro Paulo Vinícius Coelho, o PVC, escreveu sobre Vanderlei Luxemburgo. E concordo plenamente. Durante muitos anos, e principalmente após a aposentadoria de Tele Santana, o atual técnico palmeirense reinou como o melhor do Brasil. Tanto é verdade que ganhou chances na Seleção Brasileira e no Real Madrid. Foi quem mais conquistou títulos brasileiros, especialista em pontos corridos, formador de times, e estrategista. Era indiscutível. Desde que voltou da Espanha, onde foi demitido, por sinal injustamente, e mesmo conquistando o título paulista com o Santos, Luxa perdeu o foco. Resolveu apostar em diversas outras atividades extra campo como gerenciar outros clubes, investir em comércio, e agora lançou seu próprio Instituto. Até que melhorou seu comportamento à beira do campo e está mais bem humorado. Porém não mostra mais aquela disposição que o transformou no mais bem pago profissional de sua área no país. Deve estar cansado, afinal de contas não é fácil acumular tantas funções simultaneamente e conseguir um bom desempenho em todas.

O “seu” Palmeiras ainda está muito aquém do que todos previam. A campanha no Paulistão, por enquanto, é decepcionante. O derby contra o Corinthians, neste domingo, pode ser sua grande chance de redenção. Até porque cansou de fazer a diferença nestes jogos. A torcida palmeirense está ressabiada e não admitirá uma derrota para seu rival, o que poderia ocasionar o adeus ao Paulistão e muitos obstáculos no caminho para que o Palmeiras volte a ser vencedor.

INJUSTIFICÁVEL

Desta vez o Botafogo não poderia reclamar. Não poderia chorar. Não poderia assumir o complexo de perseguição, de complô. Não desta vez. Muito menos aceitar a renúncia ou licença de seu presidente. Bebeto de Freitas é um símbolo de seriedade, honestidade e modernidade no Fogão. Sabemos que podem até existir maracutaias no futebol carioca, brasileiro ou internacional. Mas na decisão da Taça Guanabara não há o que reclamar. O Flamengo foi mais competente e teve a sorte de achar aquele gol do Diego Tardelli. Sim, porque o goleiro Castillo demorou uma eternidade pra cair no canto esquerdo e a bola era perfeitamente defensável. O time de Cuca poderia ter definido o jogo quando estava em vantagem. Por todos estes detalhes não dá pra culpar a arbitragem pelo seu próprio fracasso. Aliás, este papo de tirar o foco de seus próprios erros e culpar sempre a arbitragem, por mais que ela seja ruim em todo o planeta bola, e o é, já encheu o saco.

Perguntas que não se calam:

- Por que poucos assumem seus erros no futebol?

- Por que o time do Palmeiras pouco corre durante as partidas?

- Por que o Atlético/MG liberou Éder Luis, seu melhor e mais promissor jogador, e ainda por empréstimo?


Troféu Bolão:

Mano Menezes (Corinthians): em pouco tempo conseguiu dar padrão tático a um time, que no papel deixa muito a desejar. Corrigiu rapidamente os problemas defensivos do Timão.


Troféu Lambão:

Botafogo (jogadores, comissão técnica e dirigentes): foi uma cena épica e ridícula na entrevista coletiva após perder a Taça Guanabara para o Flamengo. Virou motivo de mais piadas.

Crime em Birmingham

Antes de tudo, quero relatar um crime que assisti em plena manhã de sábado. A ação aconteceu em Birmingham, na Inglaterra. O criminoso agiu sozinho, sem comparsas, em meio a milhares de torcedores, num estádio de futebol. Em apenas 3 minutos de jogo, o zagueiro Martin Taylor, do time da casa, entrou pra rachar e rachou a perna do brasileiro Eduardo da Silva. O garoto, revelado num campeonato de favelas, no Rio de Janeiro, ficou estirado por quase 10 minutos, imóvel, tamanha a dor que sofria. Todos que estavam a sua volta entraram em pânico. Não era pra menos. A fratura foi exposta. A cena foi tão chocante que a geradora inglesa das imagens, preferiu não exibir o replay. A ESPN Brasil mostrava o jogo, ao vivo. Foi uma baita correria lá na redação da ESPN. Todos os companheiros estavam revoltados com a violência e truculência do zagueiro inglês. Entramos em contato com nosso correspondente na Inglaterra, João Castelo Branco, que passou a relatar na TV, e posteriormente na rádio Eldorado/ESPN, toda a repercussão do caso.

No Abre o Jogo da transmissão que fizemos de Palmeiras x Rio Preto, lá da cabine do reformado Palestra Itália, João Castelo Branco nos informava que Eduardo da Silva já havia sido operado. Irado, e com toda a razão, Arsene Wenger quer que o criminoso seja banido do futebol. Nada mais justo. Ele merece o perdão como homem, mas não como “jogador”. Na pior das hipóteses deveria cumprir uma pena no mesmo período de afastamento do brasileiro. Seu salário seria doado automaticamente ao Arsenal para bancar o tratamento. Esta seria uma sentença mínima a ser definida num caso extremo de violência que tanto combatemos no futebol. O planeta bola estará de olho na Federação Britânica clamando por justiça e punição severas.

Quanto ao Palestra Itália e o jogo Palmeiras 1 x 1 Rio Preto, fica em segundo plano. A partida foi ruim e a estrutura melhorou. O time continua o mesmo. Fraquejando contra os pequenos, em casa.

Reabertura do Palestra Itália

Hoje vou acompanhar a reabertura do estádio Palestra Itália. Estarei ancorando o Abre o Jogo, Jornal do Intervalo e Bate-bola da transmissão da nossa Eldorado/ESPN. Estarei ao lado do Amigão da Galera, Paulo Soares, PVC, Conrado e Ortega. Pra quem viveu dentro dos estádios por 15 anos, acompahando de perto todo o clima das partidas, ficava atrás dos gols, tomando chuva, é sempre bom voltar a viver esta energia. Passar esta energia para os ouvintes, mexer com a imaginação deles, transportar para o seu mundo tudo aquilo que estamos vivenciando, é um conceito básico do rádio, que infelizmente está morrendo. Ainda bem que estamos na contra-mão desta história. E seguimos fortes, como caçulas do rádio esportivo paulistano, tentando conquistar o nosso espaço, sem cabotismo, mas com muito trabalho, jornalismo sério, e com o nosso jeito. Simples, diferente e em plena conexão com os ouvintes e internautas. É uma longa caminhada, afinal rádio é hábito. Sabemos disto e estamos muito dispostos a enfrentar todos os desafios que aparecerem. Modéstia à parte, temos uma equipe fantástica e totalmente entrosada.

Com relação ao Palestra Itália, amanhã contarei o que vimos de novo por lá. Na administração passada, o estádio estava caindo aos pedaços. Esta nova diretoria está empenhada e vai recolocando o Palmeiras no seu devido lugar. Caminhando em direção a modernidade. O projeto da nova arena está por detalhes - faltando apenas a aprovação do Conselho Deliberativo - pra que se dê início as obras.

O time na mão do Luxemburgo vai se acertar e voltará a brigar por títulos. A torcida está mais que carente. Está impaciente!

Perguntas que não se calam:

- Será que Cuca, finalmente, vai levantar um caneco (Taça Guanabara)?

- O que está acontecendo com o ótimo tenista norte-americano James Blake que só tá apanhando nesta temporada?

-Por que a defesa do São Paulo ainda não se acertou? E o Ricky este ano?

Desta vez vai...

Caros amigos...

Já tentei outras vezes criar o hábito de escrever num blog porém a correria desta Paulicéia Desvairada impediu-me. Desta vez prometo que vou me empenhar. Além de comentar os assuntos gerais do futebol, poderei contar alguns detalhes dos bastidores da equipe Eldorado/ESPN que faço parte, das transmissões esportiva, cornetagens, tênis e vôlei. São as modalidades que mais gosto e acompanho.

Começo desde já a torcer por Roger Federer conquistar Rolang Garros, único Grand Slam que lhe falta. O cara é simplesmente completo, ou seja, compete pra ganhar em todas as superfícies e merece abocanhar o título que Pete Sampras, outro monstro sagrado, não conseguiu. E vamos acompanhar de perto o último ano da carreira de Guga. Os canais ESPN, por exemplo, além de transmitirem os torneios de Grand Slam está preparando um especial pra acompanhar o Guga, como já fez no passado por dois anos, nas suas últimas raquetadas no circuito profissional.

Este ano tem Olimpíada em Pequim e teremos mais uma medalha de ouro para o nosso vôlei masculino. É barbada!!! E nada mais justo. Afinal somos o país do vôlei.

Cornetagem:

José Roberto Guimarães (técnico da seleção brasileira feminina de vôlei) - "Estarei acompanhando de perto as meninas. Quem estiver de bumbum grande não vai à Pequim".

Podem cornetar a vontade...

Abraços...