Crime em Birmingham

Antes de tudo, quero relatar um crime que assisti em plena manhã de sábado. A ação aconteceu em Birmingham, na Inglaterra. O criminoso agiu sozinho, sem comparsas, em meio a milhares de torcedores, num estádio de futebol. Em apenas 3 minutos de jogo, o zagueiro Martin Taylor, do time da casa, entrou pra rachar e rachou a perna do brasileiro Eduardo da Silva. O garoto, revelado num campeonato de favelas, no Rio de Janeiro, ficou estirado por quase 10 minutos, imóvel, tamanha a dor que sofria. Todos que estavam a sua volta entraram em pânico. Não era pra menos. A fratura foi exposta. A cena foi tão chocante que a geradora inglesa das imagens, preferiu não exibir o replay. A ESPN Brasil mostrava o jogo, ao vivo. Foi uma baita correria lá na redação da ESPN. Todos os companheiros estavam revoltados com a violência e truculência do zagueiro inglês. Entramos em contato com nosso correspondente na Inglaterra, João Castelo Branco, que passou a relatar na TV, e posteriormente na rádio Eldorado/ESPN, toda a repercussão do caso.

No Abre o Jogo da transmissão que fizemos de Palmeiras x Rio Preto, lá da cabine do reformado Palestra Itália, João Castelo Branco nos informava que Eduardo da Silva já havia sido operado. Irado, e com toda a razão, Arsene Wenger quer que o criminoso seja banido do futebol. Nada mais justo. Ele merece o perdão como homem, mas não como “jogador”. Na pior das hipóteses deveria cumprir uma pena no mesmo período de afastamento do brasileiro. Seu salário seria doado automaticamente ao Arsenal para bancar o tratamento. Esta seria uma sentença mínima a ser definida num caso extremo de violência que tanto combatemos no futebol. O planeta bola estará de olho na Federação Britânica clamando por justiça e punição severas.

Quanto ao Palestra Itália e o jogo Palmeiras 1 x 1 Rio Preto, fica em segundo plano. A partida foi ruim e a estrutura melhorou. O time continua o mesmo. Fraquejando contra os pequenos, em casa.