quinta-feira, 22 de maio de 2008

Os deuses do futebol vestiram o vermelho





Foi um show de emoção e transmissão da grande final da Uefa Champions League, no estádio Luzhniki, em Moscou. Um jogo digno com todos os ingredientes necessários de uma grande decisão. Manchester e Chelsea deram tudo o que podiam e mais um pouco. O equilíbrio previsto foi confirmado e o terceiro título do Manchester só veio nos pênaltis.
Aliás, o campeão europeu já podia ter definido a partida, tamanha superioridade e o número de chances desperdiçadas por Tevez e Carrick. O grandalhão Cech salvou os blues. Como disse o craque Seedorf, antes da partida, ao repórter André Kfouri, dos canais ESPN, o time vermelho controlaria o jogo e o adversário jogaria no erro. Cristiano Ronaldo marcou o chamado golaço de cabeça, com uma incrível impulsão. Como se não bastasse, o craque português estava endiabrado, jogando do lado esquerdo de ataque, em cima do coitado do Essien. O mesmo, que no final do primeiro tempo, ao errar um chute, e contar com o escorregão de Van Der Sar, deu a Frank Lampard o gol de empate.

No início do segundo tempo, o time azul avanços suas linhas e chegou a dominar o jogo. O marfinense Drogba apareceu em dois momentos distintos: chutou uma bola na trave e foi expulso de forma infantil na prorrogação. Mas as grandes emoções estavam reservadas para a decisão por pênaltis. Decisão esta sempre tão emocionante, quanto dolorida para aqueles que perdem. A chance de transformar o goleiro em herói e um jogador em vilão. E foi o que aconteceu. O gigante holandês Van Der Sar foi santificado, enquanto que o capitão do Chelsea, John Terry, da seleção inglesa, foi crucificado. Pouca gente vai se lembrar que quem errou o pênalti decisivo foi o francês Anelka, ou então que Cristiano Ronaldo, o melhor do mundo, quase pôs tudo a perder do lado vermelho. Porém a imagem que ficou foi o contraste da alegria contida do mito Bobby Charlton, com tristeza sem fim do Grande John Terry.

Os deuses do futebol vestiram o vermelho, em plena Rússia.

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