quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Goleiros quarentões que não engolem pato

A noite passada foi daquelas. Futebol pra todos os gostos, times e torcidas. A favor, ou contra, a diversão foi garantida. Mas foi a noite dos goleiros quarentões: Dida e Rogério Ceni. Em Porto Alegre, Dida foi o herói gremista, e o Alexandre foi o pato corintiano. Num confronto de poucas oportunidades, e mais um placar em branco do time do paulista na temporada, coube ao ex-goleiro corintiano classificar sua equipe para as semifinais da Copa do Brasil. Cabe uma observação sobre o Emerson Sheik, agora conhecido como Selinho - esse jogador, claramente, perdeu o foco na sua equipe, e sua expulsão foi ridícula. É outro candidato a deixar o clube na virada de ano.



O Alexandre, gremista quando garoto (foto), colorado quando surgiu para o futebol com potencial fenomenal, assinou sua rescisão com a exigente torcida corintiana. Não há mais clima e nunca houve o comprometimento do jogador no nível que se exige. É inadmissível esse tipo de cobrança, num momento tão decisivo, numa partida tão importante que poderia valer a participação na Libertadores, em 2014. O prejuízo é incalculável, em todos os aspectos. Pior que a cobrança foi a alegação de que o jogador treinava essa cavadinha ridícula. Se isso for verdade, o Tite também tem sua responsabilidade. Afinal de contas, à sua frente estava o Dida, um dos maiores pegadores de pênalti da história do futebol brasileiro, antigo companheiro de Milan, e um goleiro que sempre primou por não querer adivinhar o canto e se deslocar antes da batida do adversário. Foi pato demais. Ou seja, tudo errado para o Corinthians, tudo certo para o Grêmio que avança na competição.



Outro goleiro quarentão, crucificado por parte da imprensa e pela própria torcida por perder pênaltis, em sequência, salvou o São Paulo da eliminação da Copa Sul-Americana, no Chile. Rogério Ceni, que já foi alvo de piadas do próprio Alexandre Pato, fez uma de suas melhores partidas com a camisa tricolor. Fez defesas sensacionais contra o bom time do Universidad Católica, que bombardeou o gol tricolor durante todo o jogo. Ceni defendia, e Aloísio resolvia na frente. A Liberadores ainda está no sonho da torcida e do clube, apesar da medíocre campanha no Brasileirão.




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