segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Telê Santana ficaria horrorizado

Não é novidade pra ninguém o baixo nível técnico desta edição do Campeonato Brasileiro. O Mestre Telê Santana ficaria horrorizado. Jogadores profissionais de poucos recursos técnicos e a falta de qualidade em vários fundamentos básicos são constatados jogo a jogo, lance a lance, inclusive em titulares de grandes equipes. Na bela Arena Fonte Nova, por exemplo, foi um festival de horror. Não preciso sequer das estatísticas de Bahia 0 x 1 São Paulo. Foi um festival de passes errados, cruzamentos ridículos, caneladas, chutes tortos, etc. E não foi apenas nesta partida. Tem sido uma constante.


Não precisa ser craque pra se destacar neste Brasileirão. Basta errar pouco. Não precisa ser jovem, ou estar no peso ideal. Prestem atenção na tabela de artilheiros. Os principais goleadores do momento são: Éderson (Atlético/PR) com 15 gols, seguido de William (Ponte) e Gilberto (Portuguesa) com 14, Fernandão (Bahia) e Hernane (Flamengo) com 13, e o gorducho Walter (Goiás) com 12 gols, uma atração à parte. Tem algum craque nessa artilharia? Não!

Já na década de 90, Telê Santana não disfarçava sua insatisfação com jogadores que subiam aos profissionais com dificuldades de fundamento. Cafu, Catê, Pavão, e André Luiz que o digam. Ficavam horas treinando cruzamentos. Enquanto isso, Valdir Joaquim de Moraes ensinava os goleiros Zetti e Rogério Ceni como bater na bola, e fazer uma boa reposição. Tempo perdido com um aprimoramento que deveria subir junto com os jogadores.



A verdade é que, de uma maneira geral, os técnicos que comandam os garotos também se preocupam com os resultados em si. As cobranças vêm de cima. Os clubes têm muita culpa,e a maior delas. Não cuidam como deveriam das suas bases, ou seja, não implantam uma filosofia de aprendizado e aprimoramento destes garotos que serão futuros jogadores profissionais e os representarão.

O mercado não está pra peixe, ou pra craque. O Brasil, que sempre primou por revelar grandes talentos, não é mais o mesmo. A fábrica está secando e o futebol brasileiro está sofrendo.

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