Num jogo que aconteceu quase de tudo, fora de campo, o Palmeiras, dentro de campo, mostrou sua força e eliminou o rival São Paulo, por 2 a 0. Após 12 anos, o Verdão tem a chance de quebrar o tabu e voltar a ser campeão paulista. Vanderlei Luxemburgo trabalhou muito bem a equipe que deu poucas chances ao Tricolor. Desta vez a defesa palmeirense atuou muito bem, especialmente o zagueiro Henrique e o goleiro Marcos que deu total segurança à equipe. O gol de Léo Lima, o melhor do jogo, ainda no primeiro tempo, com uma falha clamorosa de Rogério Ceni, foi fundamental. O atacante Adriano não teve espaço, e as jogadas de bola parada com Jorge Wagner não surtiram efeito. Hernanes cresceu na segunda etapa, embora não tenha tido a ajuda dos companheiros de meio-campo.
Fora de campo, o episódio do gás misterioso jogado no vestiário do São Paulo, não cheira bem, literalmente. O assunto tem que ser seriamente apurado pelas autoridades, e se ficar provado que o Palmeiras (seja torcedor ou funcionário) foi culpado, ou conivente, o estádio do Palestra Itália não pode receber a decisão do Paulistão contra a Ponte Preta, e deveria ser interditado. O lado bom é que não houve confrontos entre torcedores, num belíssimo trabalho da Polícia Militar e do 2º BP Choque. O árbitro Wilson Luis Seneme e seus auxiliares tiveram uma excelente atuação, fato raro no futebol atual.
A Ponte Preta se classificou com muita garra e categoria no confronto contra o Guaratinguetá, virando uma partida de forma heróica, fora de casa. O goleiro Aranha foi "o cara". Pegou tudo e todas as bolas possíveis, ou seja, teve uma atuação de gala e é herói no Majestoso. O atacante Luis Ricardo ralou a bola e foi fundamental. O técnico Sérgio Guedes parece que terá uma carreira promissora e faz um excelente trabalho.
De um lado, o da Ponte Preta, um tabu de 107 anos sem títulos. Do outro, do Palmeiras, um tabu de 9 anos. Resumindo, um jejum será quebrado de qualquer maneira. O Verdão, que tem as vantagens de jogar por dois empates e a segunda partida em casa é o favorito, porém todo o cuidado será pouco. Basta lembrar do ano de 1986, quando também favorito, acabou surpreendido pela Inter de Limeira.
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