sexta-feira, 18 de julho de 2008

Poço sem fundo?


A Seleção Brasileira de basquete masculino não vai à Pequim. É a terceira Olimpíada consecutiva que o Brasil fica fora. Não sou especialista da modalidade pra avaliar o desempenho dos jogadores ou trabalho tático de Moncho Monsalve. Entretanto, posso afirmar com toda a clareza que a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) e seu presidente Gerasime Nicolas Bozikis (foto) são os grandes culpados desta série de fiascos. Faz tempo que a ESPN Brasil, emissora que mais transmite e apóia o esporte, vem denunciando os erros cometidos lá de cima. Poucas providências, ou quase nenhuma, foram tomadas. Grego se eternizou no poder e o Comitê Olímpico Brasileiro não dá a mínima, como se estivesse tudo bem. Campeonatos Brasileiros desorganizados, times sem estrutura, jogadores e técnicos sem apoio são alguns dos problemas. Jogadores que atuam no exterior, que ficaram ricos, não têm a menor vontade de defender as cores do país e tudo fica por isso mesmo. Lamentável!

Acompanhei outras gerações do basquete brasileiro que foram vitoriosas. Jogadores (as) do quilate de Hortência, Paula, Janeth, Oscar e Marcel não existem mais por aqui. Isto sem contar os monstros sagrados bi-campeões mundiais como: Wlamir Marques, Rosa Branca, Ubiratan, Amaury, Mosquito e Waldemar. Tenho muito orgulho de ter sido aluno do Mestre Wlamir na Fefisa (onde ele dá aulas até hoje), e conviver, diariamente com o Zé Boquinha, que sabem tudo de basquete. Deve ser muito difícil pra todas estas lendas do esporte brasileiro acompanhar e vivenciar esta fase terrível do basquete masculino. Alguém tem que fazer alguma coisa, e urgente.

Perguntas que não se calam:

- Por que o COB não intervém na CBB e destitui o presidente Grego?

- Quem se habilita a peitar o alto poder do basquete?

- E quanto aos covardes do exterior que não tiveram coragem de disputar o Pré-Olímpico na Grécia? Vão ficar impunes?

- Será que este poço do basquete tem fundo?

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