quinta-feira, 20 de março de 2008

Centroavante, uma espécie em extinção


Já faz um tempo que defendo a tese de que o centroavante, perfil goleador, ou seja, que marca gols de todos os jeitos como rebote de goleiro, gols de cabeça, por baixo, e de canela, está em extinção. Aquele cara chato que fica sempre na área, bem posicionado, incomodando os zagueiros e esperando um vacilo de seu adversário. Atualmente o futebol está cada vez mais veloz, onde a troca constante de posicionamento faz a diferença. Os pontas já deixaram de existir e faz tempo. A maioria das equipes tem dois atacantes que trabalham pelos lados do campo e infiltram-se na área em diagonal, esperando uma jogada ou cruzamento de um lateral. No passado, o chamado ponta, seja direita ou esquerda, fazia toda a preparação para a conclusão do goleador. Goleadores como: Dadá Maravilha, Reinaldo, Romário, Careca, Serginho Chulapa, Evair, Van Basten, Klinsmann, Batistuta faziam a festa do torcedores. Eram ídolos mesmo que não tivessem muita técnica. A torcida sabia que a qualquer momento seu goleador marcaria. Tudo era mais na base do improviso, na técnica, no faro de gol, sem tanta estratégia, sempre imprevisível.


Ainda há remanescentes, poucos é verdade, como: Washington, Palermo, Dodô, Crespo, Kléber Pereira, Souza e Fred. Confesso ser fã do Washington do Fluminense. Ontem mesmo conversava com o Paulo Vinícius Coelho e lhe dizia que este atacante do tricolor carioca poderá fazer a diferença especialmente na Libertadores. E eis que lá no Paraguai, o artilheiro deu ao Flu a virada sobre o Libertad. Em Oruro, Kléber Pereira deixou sua marca. E não tenho dúvidas de que o veterano Palermo do Boca Juniors, ainda mais assistido por Riquelme, fará muitos gols nesta temporada.


Se seu time conta com este tipo de arilheiro no elenco, sinta-se privilegiado e aproveite cada momento. A sensação de gol está garantida em cada partida.

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