segunda-feira, 17 de março de 2008

Digno do Choque-Rei


Num jogo digno da história do Choque-Rei, em Ribeirão Preto, deu Palmeiras com um placar mais elástico do que se imaginava, ou até do que foi disputado em campo. É claro que não se pode discutir a vitória palmeirense, principalmente depois do intervalo quando Luxemburgo colocou Martinez - mais um meia em campo - sacando Wendell, improdutivo, e o único cão de guarda do setor. Com mais qualidade no toque de bola, melhor posicionado, definiu a partida com três pênaltis, três gols.


A atuação do jovem árbitro Rafael Guerra, temerosa por ser seu primeiro clássico e por sua classificação no tal ranking do coronel Marinho, foi boa. Teve personalidade para marcar as penalidades que foram claríssimas, embora tenha pecado na parte discilinar. No primeiro tempo, Carlos Alberto, André Dias, Diego Souza e Kléber estavam distribuindo pancadas e cotoveladas.


Restou ao São Paulo o consolo da excelente atuação de Adriano. Jorge Wágner continua sendo mortal em suas assistências. Porém é muito pouco para o atual campeão brasileiro, que errou no planejamento desta temporada e que continua dependente da bola parada. Richarlysson continua de férias. Merece sentar no banco por um bom tempo. Joílson e Juninho estão muito abaixo do que se esperava. Aliás, as contratações feitas pra este ano são todas discutíveis.


Perguntas que não se calam:


- Quando a diretoria do São Paulo vai reconhecer seus erros de planejamento? Por quê Muricy Ramalho não confia nas revelações da base? Por quê os garotos não tem chances no time profissional?


- Por que Dunga ao não dar bola para os Jogos Olímpicos, assume pra si a responsabilidade de dirigir o time olímpico? Qual é a lógica?


- Apesar da excelente fase, Luis Fabiano vale 160 milhões de reais?



Troféu Bolão:


Léo Lima (Palmeiras): adaptado à meia, incentivado por Luxemburgo, o único que acreditou no seu potencial, está gastando a bola no meio-campo palmeirense. Comandou o time na virada sobre o São Paulo.


Troféu Lambão:


Marco Aurélio Cunha (superintendente do São Paulo): esta tradicional choradeira após cada derrota que chega à apontar para um complô contra o Tricolor já encheu. Até entendo que faz parte da sua função de pára-raio, mas tem horas que o silêncio é o melhor remédio. O senso de ridículo tem que falar mais alto no seu íntimo.

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